A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que vai se reunir com o ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, em meio à escalada das críticas do colega de Esplanada ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Silveira tem pressionado o órgão pela liberação dos estudos sobre a exploração de petróleo na foz do Amazonas.
Entenda
- O Ibama negou, em 2023, o pedido da Petrobras para iniciar estudos no bloco FZA-M-59 e solicitou uma avaliação ambiental de área sedimentar (AAAS), para identificar áreas onde a exploração de combustíveis fósseis não é permitida.
- Recentemente, o governo Lula aumentou a pressão sobre a concessão da licença. O ministro de Minas e Energia pediu uma reunião com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, para discutir o tema.
- Na última semana, Silveira sugeriu que Agostinho “está receoso e não tem coragem” de dar uma resposta à Petrobras sobre a questão.
- Servidores do Meio Ambiente consideram a postura de Silveira como uma tentativa de provocar um “constrangimento institucional” ao órgão.
Em conversa com a imprensa, Marina afirmou que o pedido da reunião partiu do próprio Silveira. O encontro deve ocorrer após os dois retornarem da viagem ao Japão, já que ambos integram a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na visita, marcada para a próxima semana.
“Há um pedido de audiência, que foi feito inicialmente apenas para o presidente do Ibama, e até foi divulgado. Depois, houve uma reavaliação por parte do ministro Silveira de que seria mais adequado pedir a audiência com a minha presença e eu estava viajando”, explicou a ministra.
No início de março, Marina viajou à Índia para participar da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável. Segundo ela, o encontro com Silveira também deve contar com a presença do presidente do Ibama. “Quando eu voltar do Japão haverá uma audiência entre os ministros com a presença do Ibama”, destacou.
