O novo presidente da comissão de Relações Exteriores da Câmara, deputado Filipe Barros (PL-PR), prestou “condolências” ao colega Eduardo Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (19/3), logo depois de assumir o cargo. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era cotado para o comando do colegiado, mas anunciou que vai se licenciar para ficar nos Estados Unidos.
“Ontem, foi um dia histórico no parlamento brasileiro. O deputado e meu amigo Eduardo Bolsonaro, brasileiro que mais recebeu votos para estar nessa Casa, se exila para fugir de uma eminente perseguição às suas liberdades e à da sua família […]. Todas as minhas condolências ao Eduardo, a sua família, ao presidente Bolsonaro, maior líder dessa nação, perseguido pelos nossos opositores políticos”, declarou Filipe Barros.
Eduardo anunciou que ficaria nos Estados Unidos para seguir denunciando a “perseguição política” contra ele e a família. Apesar de o pai ser alvo da Justiça, o deputado não é réu em nenhum processo, nem investigado. Além disso, exercia o mandato de forma plena na Câmara dos Deputados.
Para o novo presidente da comissão de Relações Exteriores da Câmara, a decisão de Eduardo foi “heroica”.
“A despeito a um suposto combate extremismo, se pratica o pior extremismo de todos. O da correção estatal e o da judicialização da política. Por esse contexto, o ato do Eduardo é heroico e fica mais claro ainda para a comunidade internacional o que está acontecendo no nosso país”, declarou.
Inicialmente, a ideia do PL era colocar Eduardo no posto justamente para buscar ampliar as críticas ao governo Lula no campo das relações exteriores e também difundir para o mundo as “supostas perseguições” do Judiciário.
Porém, quando ele anunciou que se licenciaria, o partido foi pego de surpresa e precisou escolher outro nome para o comando do colegiado.
