A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (19/3), revela uma mudança na avaliação que membros do mercado financeiro têm a respeito do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. É a primeira vez, desde o início do governo, que o ministro tem mais avaliações negativas do que positivas.
O levantamento revelou que Haddad tem 58% de avaliações negativas, ante 10% de positivas. Há também 32% que consideram o desempenho dele como regular.
Na pesquisa anterior, realizada em dezembro de 2024, Haddad tinha 41% de avaliações positivas e 24% de negativas. As avaliações razoáveis somavam 35%.
Diante desta virada, 85% do mercado considera que a força do ministro de Lula está menor, e só 1% o veem com mais força. Aqueles que acreditam que Haddad tem a mesma força de antes são 14%.
A pergunta sobre a força de Haddad foi realizada em três rodadas da pesquisa, em março de 2024, dezembro de 2024 e agora em março. Desde o início, havia a tendência de perda de força do ministro responsável por conduzir a política econômica de Lula, na visão do mercado.
Por outro lado, Haddad é visto como o segundo maior responsável pela política econômica do atual governo, apontado por 5% dos respondentes. O principal responsável é o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 92%. Os demais entes são Congresso (2%) e Banco Central (1%).
Eleições
Mesmo enxergando Haddad menos forte do que no passado, o mercado considera que o nome dele seja o mais indicado para representar a esquerda, caso Lula não concorra em 2026. Esta é a opinião de 57% do mercado. Aparecem na sequência os nomes do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), com 10%, e do prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), com 8%. Também foram mencionados Camilo Santana (7%), Ciro Gomes (3%), Rui Costa (4%), outro (6%) e 5% disseram não saber.
Os resultados divulgados pertencem à 8ª rodada da pesquisa Genial/Quaest e foi realizada do dia 12 ao 17 de março, com 106 entrevistas a membros de fundos de investimentos sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro. Todos os aplicativos foram realizados on-line.