A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) ainda trabalha para elucidar a morte brutal de Thalita Marques Berquó Ramos, 36 anos. A mulher foi esquartejada e teve a cabeça e duas pernas encontradas na Estação de Tratamento de Esgoto da Companhia Ambiental de Saneamento do Distrito Federal (Caesb), no Setor de Clubes Esportivos Sul (SCES), próximo à Vila Telebrasília, em 14 de janeiro deste ano.
A coluna levantou detalhes dos últimos passos de Thalita, até poucas horas antes de desaparecer. Em 11 de janeiro, Thalita chegou a trocar mensagens de texto e de voz com a mãe, e informou que estaria indo ao Guará, para a casa de um amigo. Dois dias depois, em 13 de fevereiro, a vítima voltou a conversar com a mãe por meio do WhatsApp. No entanto, após este último diálogo, as duas não voltariam mais a trocar mensagens.
Antes de desaparecer e ser brutalmente assassinada, o amigo de Thalita informou que ela havia chamado um carro por aplicativo para deixá-la em um endereço na quadra QE 46 do Guará II. Ouvido pela polícia, o motorista afirmou que a passageira comentou que uma “amiga” a buscaria no local. Desde então, quase um mês se passou até que familiares de Thalita registrassem a ocorrência de desaparecimento, em 3 de fevereiro.
Veja imagens da vítima:
Identificação
A identificação baseou-se em um processo multidisciplinar envolvendo técnicas médico-legais e odontolegais; análise de perfil biológico por meio de antropologia forense e exames genéticos conduzidos pelo Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) da PCDF. O trabalho foi complementado por informações de georreferenciamento, considerado relevante para a conclusão.
O rosto de Thalita estava com muitos ferimentos. A suspeita inicial é que ela teria sido brutalmente agredida, possivelmente a pauladas, antes de ser degolada e ter os membros inferiores arrancados. A PCDF confirmou que a cabeça da mulher encontrada na Estação de Tratamento de Esgoto tinha seis facadas no rosto.
O que se sabe?
- A cabeça de Thalita Marques Berquó Ramos foi encontrada na ETE da Caesb em 14 de janeiro.
- O cadáver foi encontrado por um funcionário que fazia a segunda limpeza diária do local, por volta das 13h (a estação é higienizada três vezes ao dia).
- O funcionário isolou o item e comunicou o supervisor, que registrou boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).
- A vítima tinha seis facadas no rosto, além de um furo que não foi possível precisar se foi causado por arma branca ou arma de fogo.
- A suspeita inicial é de que a mulher teria sido brutalmente agredida a pauladas antes de ser degolada.
- Já na quarta-feira (15/1), pela manhã, outro funcionário encontrou uma perna humana.
Localização
Segundo a perícia, a cabeça tinha características de lesão craniana e hematomas. Os funcionários limpam a central de tratamento três vezes ao dia, sendo que a primeira limpeza na estação ocorre por volta das 7h, horário que encontraram a cabeça e as pernas humanas.
As investigações sobre a motivação do crime brutal e o apontamento de autoria continuam sendo conduzidas pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).