As vendas no comércio varejista no Brasil recuaram 0,1% em janeiro, frente a dezembro. O volume do comércio no varejo acumula alta de 4,7% nos últimos 12 meses. Em comparação com janeiro de 2024, o indicador cresceu 3,1%.
As informações sobre o comércio varejista nacional estão na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta sexta-feira (14/3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Com isso, em janeiro de 2025 o varejo se encontra 0,6% abaixo do patamar recorde da série do índice de base fixa com ajuste sazonal, atingido em outubro de 2024”, diz o comunicado do IBGE.
O que é PMC
- Iniciada em janeiro 1995, a pesquisa produz indicadores sobre o comportamento conjuntural do comércio varejista no país.
- Para calcular a Pesquisa Mensal de Comércio, o IBGE monitora a receita bruta de revenda nas empresas formais, com 20 ou mais trabalhadores, cuja atividade principal é o comércio varejista.
- A PMC traz indicadores de faturamento real e nominal, pessoal ocupado e salários e outras remunerações.
Queda reflete estabilidade
De acordo com Cristiano dos Santos, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio, apesar da terceira taxa negativa consecutiva, a interpretação dos resultados nos últimos meses é de estabilidade.
“Temos que lembrar que o máximo da série histórica da margem está em outubro de 2024. Após atingir esse nível recorde em outubro, o comércio seguiu tendo variações muito próximas de zero, ocasionando esse fenômeno de estabilidade na alta”, explica.
Quatro das oito atividades pesquisadas apresentaram resultados positivos no primeiro mês de 2025. Os destaques vão para equipamentos e material para escritório informática e comunicação.
Confira a variação das oito atividades em janeiro:
- equipamentos e material para escritório informática e comunicação (5,3%);
- combustíveis e lubrificantes (1,2%);
- outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,7%);
- livros, jornais, revistas e papelaria (0,6%);
- tecidos, vestuário e calçados (-0,1%);
- móveis e eletrodomésticos (-0,2%);
- hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,4%);
- artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-3,4%).
Santos afirma que a única atividade a ter um resultado efetivamente negativo na passagem de dezembro para janeiro foi a farmacêutica. “Das quatro variações negativas, três foram muito próximas de zero, entre elas o setor de hiper e supermercados, que é o de maior peso e registrou uma taxa de -0,4%. Do lado positivo está o setor de informática, que vinha sofrendo com a alta do dólar, mas teve recuperação no mês de janeiro”, completa.
Varejo ampliado
No comércio varejista ampliado — que inclui, além dessas oito atividades, os segmentos de veículos, motos, partes e peças; material de construção; e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo —, o volume de vendas subiu 2,3% em janeiro frente a dezembro.
Em janeiro, o maior crescimento foi do segmento de veículos e motos, partes e peças.
Veja como ficaram as atividades:
- veículos e motos, partes e peças: 11,3%
- material de construção: 4,7%
- atacado, produção de alimentos, bebidas e fumo: -0,5%.